6 de agosto de 2011

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Lógica do desejo



Anotado em Paris 8:

“O desejo é um ímã que nos atrai,
contra o que consideramos sensato, razoável. 
 A lógica do desejo é ilógica. 
Por isso, o desejo é sempre perturbador,
é sempre um ponto de interrogação”

4 comentários:

  1. Quer dizer que nosso ser é ilógico e que nossa vida permanece sem resposta? É inquietante...e ao mesmo... desafiador.

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  2. O inquietante é o desejo. Se ele inquieta, é justamente porque ele nasce da falta, ou seja, o objeto do desejo não existe como tal, ele é desde sempre ausente, faltante. Por isso a psicanálise não é uma prática de conhecimento, mas sim de interpretação. Fazer uma análise não é conhecer o desejo: é interpretá-lo. E como não existe interpretação definitiva da falta, o ponto de interrogação permanece. Desafio de viver, desafio da psicanálise.

    Claudio Pfeil

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  3. Posso estar falando bobagem, mas eu sempre achei que análise era para a gente se conhecer, não?

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  4. Não é bobagem não, muito pelo contrário, é uma opinião bastante difundida. Mas atenção: quem disser que análise é feita para a gente se conhecer, está falando de qualquer outra coisa, menos de psicanálise.

    Claudio Pfeil

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