14 de abril de 2013

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Ao redor de Sócrates



Na seção Cultura, da Carta Capital de 14 de abril, o crítico Matheus Pichonelli escreve o seguinte:

"O Som ao Redor é o filme mais aclamado do cinema brasileiro desde Cidade de Deus. Havia anos que um filme não era tão dissecado nem provocava tantos debates – Tropa de Elite talvez, mas sem a mesma unanimidade. Não é por acaso: estão ali muitos dos principais elementos que fazem de um filme uma grande obra."

Grande obra?
O Som ao redor comparado a Cidade de Deus e Tropa de Elite?

Sei não. Por ora prefiro me abster. Antes de "dissecar", "debater" ou "comparar" seja lá o que for, que tal começarmos a fazer, à maneira socrática, uma definição básica de conceitos?
 
Vamos lá: o que vem a ser uma grande obra?

2 comentários:

  1. Uma obra que faz pensar, que retrata uma época ou situação e que por isso é atemporal?

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  2. Prezada Karla

    De acordo. É um bom começo para uma discussão mais aprofundada. No caso do filme em questão, a temática da violência e do entrincheiramento dos indivíduos atrás de grades em suas prórpias casas, propicia uma reflexão. Isso é fato.
    Todavia, penso ser esse "convite à reflexão" uma condição necessária mas não suficiente: isso não basta para fazer de O som ao Redor uma grande obra, muito menos algo atemporal. Há que se considerar muitos outros aspectos, como direção, atuação dos personagens, roteiro, enfim. Sem falar na questão técnica propriamente dita. Não sou especialista, longe disso, mas como espectador leigo, amador de cinema, permito-me dizer que diálogos inteiros absolutamente inaudíveis - para citar apenas um exemplo - não é de se esperar de uma "grande obra" cinematográfica.
    Obrigado por acompanhar o Diário.

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