À Graça Nunes
Uma caixa grande me aguardava à chegada de São Paulo
Encomenda, disse-me o porteiro ao lado
Como assim, se nada aguardava, se nada pedi?
Já está aqui faz uns dias, foi o que ouvi
Subi a surpresa nos braços
Feito um buquê de flor
Nem leve, nem pesado demais
Só o perfume do enigma
Desembrulhei com cuidado
Para não despetalar de uma só vez a surpresa
Frágil estava escrito por fora
Dentro me aguardando há dias
O que haveria de ser?
Uma aba para cá, outra prá lá
Destampei
Sussurro de celofane
Laço de fita sedoso
Cesta trançada, cartão
Taça, garrafa, coração
Chocolate, amêndoa, castanha,
Bem-casados na caixinha, dourada espera
Casa inteira sorrindo
Gatos farejando tudo
Diários sobre a mesa da sala
A festa do lançamento continua
Isso tem um nome:
Graça, Graça, Graça, Graça
Sim, isso mesmo
Quatro vezes Graça
Con-graça-mento Diário
Graça que faz graça da distância
Graça que dá o ar de sua graça
Graça que provoca alegria de graça
Graça que rende graças ao coração
Querido amigo ,agradeço seu poema. Você como sempre inspirador e amoroso.! e então que este presente seja mais um momento de celebração do Diario de um Analisando em Paris que tantos momentos bons nos traz a toda a hora a cada página,a cada linha . Beijos
ResponderExcluirClaudio vc é o maximo da inspiracao. Parabens pelo lindo texto. Gracas à Graca e ao seu talento vi tanta senbilidade.
ResponderExcluirBj. Carmen Menezes