Saint-Eustache, Paris |
Linda
lua
menos cheia
por entre nuvens
noite de vento
menos cheia
por entre nuvens
noite de vento
Meia-noite
quase
Tilintar de talheres
garçons limpando as mesas
tudo se esvaziando à sombra dos lampiões
Tilintar de talheres
garçons limpando as mesas
tudo se esvaziando à sombra dos lampiões
Saint-Eustache
ali
solitária, imponente, grandiosa
Ela, só ela
Como se nada mais houvesse
solitária, imponente, grandiosa
Ela, só ela
Como se nada mais houvesse
Passo
de bicicleta
vejo as rosas no canteiro
Aquelas
As belas
vejo as rosas no canteiro
Aquelas
As belas
Não tão belas como d’antes
primavera já não é
um pouco desfeitas, desbotadas
mas belas, sempre, como nunca deixarão de ser
primavera já não é
um pouco desfeitas, desbotadas
mas belas, sempre, como nunca deixarão de ser
Pois
rosas, estas, são rosas do meu amor
profundo perfume
profundo encanto
profundo desejo
profundo amor
profundo perfume
profundo encanto
profundo desejo
profundo amor
A
elas destino-me
delas me alegro
nelas me sinto
com elas sou
delas me alegro
nelas me sinto
com elas sou
Saint-Eustache
tem aos pés
a razão em flor do meu viver
Ela, só ela
a razão em flor do meu viver
Ela, só ela
Por
isso passo
volteio, pedalo
passo, repasso
jamais me esqueço
volteio, pedalo
passo, repasso
jamais me esqueço
De
reverência secreta
é feito meu caminho de rosas:
amor, eis-me aqui!
E vivo, respiro a noite
e amo, tanto!
é feito meu caminho de rosas:
amor, eis-me aqui!
E vivo, respiro a noite
e amo, tanto!
Diário de um analisando em Paris, p.91-92
Rosa rosa, tão linda e tão rosa que até seu perfume eu sinto rosa. Reverência lá, reverência cá, até as rosas ele reverencia.
ResponderExcluirOde à vida, ode à morte, ode à lua e também à noite.
Tocando sempre a nossa alma, pedala e passa...respira e acalma.
Keiko Komatsu