As lágrimas de Obama ante o recente massacre nos Estados Unidos me pareceram sinceras. Depois delas, vieram as palavras. O Presidente americano estimou que essa matança deveria dar o sinal para, eu cito, "tomar medidas significativas para impedir tais tragédias”. Só faltou uma coisa ao Presidente: dizer quem e quais?
Os jornais publicaram que a cada ano - ouçam bem - 31.000 pessoas morrem em nome do direito, inscrito na Constituição americana, de possuir armas. Qualquer ser humano mediamente sensato sabe o que há a se fazer. Só os hipócritas e imbecis nostálgicos do faroeste podem achar que a posse de uma simples arma é garantia de segurança. É garantia sim, de dinheiro no bolso de quem a produz e da repetição de massacres em série.
A pergunta que formulo ao ouvir as palavras de Obama, a quem, faço questão de dizer, muito estimo, é a seguinte:
- Presidente, mais do que expressar suas condolências às famílias das vítimas e juntar-se a elas em cultos religiosos ecumênicos, não cabe ao senhor tomar para si, com unhas e dentes, a guerra contra o lobby de armas no Congresso americano?
Resta saber se as lágrimas e os bons sentimentos de Obama podem mais do que os fuzis. Prefiro acreditar que sim. Do contrário, corre-se o risco funesto de sermos levados a concluir que, entre a democracia moderna e a demokratia, tal como os gregos a conceberam - isto é, um espaço cuja função soberana não cabe a alguém ou alguns, mas a todos os cidadãos, e no qual a economia está a serviço da política e não a política a serviço da economia - restou apenas a palavra morta. Assassinada.
Massacre da demokratia?
Os jornais publicaram que a cada ano - ouçam bem - 31.000 pessoas morrem em nome do direito, inscrito na Constituição americana, de possuir armas. Qualquer ser humano mediamente sensato sabe o que há a se fazer. Só os hipócritas e imbecis nostálgicos do faroeste podem achar que a posse de uma simples arma é garantia de segurança. É garantia sim, de dinheiro no bolso de quem a produz e da repetição de massacres em série.
A pergunta que formulo ao ouvir as palavras de Obama, a quem, faço questão de dizer, muito estimo, é a seguinte:
- Presidente, mais do que expressar suas condolências às famílias das vítimas e juntar-se a elas em cultos religiosos ecumênicos, não cabe ao senhor tomar para si, com unhas e dentes, a guerra contra o lobby de armas no Congresso americano?
Resta saber se as lágrimas e os bons sentimentos de Obama podem mais do que os fuzis. Prefiro acreditar que sim. Do contrário, corre-se o risco funesto de sermos levados a concluir que, entre a democracia moderna e a demokratia, tal como os gregos a conceberam - isto é, um espaço cuja função soberana não cabe a alguém ou alguns, mas a todos os cidadãos, e no qual a economia está a serviço da política e não a política a serviço da economia - restou apenas a palavra morta. Assassinada.
Massacre da demokratia?
Ele não vai enfrentar quem o sustenta no poder. As "boas intenções" dele moram no inferno, onde, dizem, está cheio delas!
ResponderExcluir