Killing Fields, Camboja
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Um eleito do Front National,
partido de extrema direita francês, comparou a homossexualidade à zoofilia. Não
vou entrar no mérito da comparação: o deputado deve lá ter suas motivações
íntimas e doutoramento zoofílico.
Todavia, sob o prisma
filosófico-analítico, extraio dessa relação no mínimo inusitada duas
constatações que saltam a meus olhos.
Primeiro: quanto mais irreflexivo
- leia-se idiota - se é, mais se pretende meter o bedelho na vida alheia.
Segundo: quanto menos em dia se
está com o própria sexualidade - leia-se "gozo não/mal tratado" -
mais se é levado a denegrir as formas do gozo alheio a fim de tutelá-las com
etiquetas moralistas.
Idiotice e gozo não tratado
constituem por si só um perigo. Quando combinados, o que frequentemente
acontece, tornam-se um terrível veneno. Há que se ter sempre muito cuidado:
quem dele se alimenta, quer porque quer fazê-lo provar a todos. Custe o que
custar.
O preço, todos nós sabemos qual
é: que tal jogar mais um animal depravado do alto do prédio? Que tal entrar
numa boate gay e meter bala viadagem? Bora enfiar porrada?
É uma questão de
poder: quem pode e quem não pode. E o que é pior: cada vez mais gente batendo
palma. Estes sim, ferozes depravados.
Claudio Pfeil
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