Anotado
em Paris 8:
A
expressão neutralidade benevolente, utilizada às vezes por Freud para se
referir à conduta clínica do analista, deixa claro que não há identificação do
analista com o paciente. Simpatia, empatia, compaixão, compreensão são
sentimentos nobres cuja natureza é suspeita numa relação terapêutica, uma vez
que poderiam descambar para outra coisa: amizade, amor. O divã é feito para um
só se deitar, dois não dá certo. A relação analítica é baseada numa transação -
Você me escuta, eu pago! A gente paga o analista justamente para que ele
não seja um amigo. O dinheiro é um elemento simbólico que garante a
neutralidade do analista.
Ótimo! Objetivo e esclarecedor.
ResponderExcluirAbraço, Pfeil.
Viula