Um colega psicanalista de
São Paulo relatou que uma professora psicóloga saiu em defesa da “patologização
da homossexualidade” pautada na alegação, ouçam bem, de que um gay deu-lhe um
apertão na teta em plena Avenida Paulista. Onde já se viu? Coitada! Coisa de gente doente.
Não há mesmo como não
se sensibilizar: tetas costumam ser sensíveis. E não ficar de cabelo em pé ante
uma ameaça desse porte: vai que a teta da professora não tem firmeza ou
sustentação?
Naturalmente, assim como eu, o colega compadeceu-se
da dor da professora: analistas são afeitos ao sofrimento alheio. Mas compaixão
tem limites que a psicanálise conhece muito bem: Freud explica. A
professora-psicóloga é que não entendeu. Pois bem, ante a tese de “patologização da
homossexualidade”, o colega argumentou, tentou de tudo que é mais douto, até jogar a toalha num desabafo: “não
há episteme que dê conta da neurose
do outro”.
E não dá mesmo. Uma teta apertada tem razões que a própria razão
desconhece. O que dirá de uma neurose? Mas de minha parte, tenho uma opinião quanto às razões (da teta) da
professora. É um palpite, tá? Vou arriscar: o apertão deve ter lhe causado na
pele a consciência de que sua teta não é nada fálica. Dramático. Já imaginou as
piadas dos alunos acerca da tetinha?
Mas nada de pânico professora. Se for o caso, tetinhas têm cura.
Os transexuais, por exemplo, podem perfeitamente ajudá-la a se livrar dessa
terrível dor. Todo mundo reconhece: eles têm um peito e um coração enormes. Além de fálicos, obviamente. E quem
sabe com uma boa calibrada a professora não esquece de patologizar os gays e passe a desejar mais do que tudo um apertão
na teta em plena Avenida Paulista?
Ah, um convite professora: SEXTA próxima, 28 de JUNHO (Dia Mundial do Orgulho LGBT), às 16h, Caminhada contra a Homofobia no Rio de Janeiro, da Candelária até a Cinelândia. Vamos? O que vai ter de teta fálica...
Olha, é tão cômica - ou seria tragi-cômica esta siuação, que não sei se rio, se tenho raiva ou pena da professora!!!
ResponderExcluirA começar pela "teta"... gente, desculpe, mas sempre usei esse termo me referindo a vacas! Ela não deve mesmo ter muito apreço pelas suas, para chamá-las assim. Sei que não é errado, mas é muito feio!
Depois, me parece que patológico é o caso dela, não? A essa altura do campeonato, pregar a cura gay, além de peito caído, ela é cafona! Isso não tem mais vez, minha senhora. Como curar o que não é doença?
Já sua cabecinha, assim como - vá lá, se é assim que a senhora gosta suas tetas podem ser tratadas.
Cuide disso, por favor, porque falas como a sua, se encontram eco, só fazem esse país já tão conturbado, perder mais pessoas decentes, amadas, honestas, espancadas até a morte por homofóbicos ensandecidos.
Enquanto isso, pessoas que se preocupam com a sexualidade alheia, e provavelmente não vivem a sua própria, passeiam pela Paulista reclamando de beliscão.
Peço desculpas mais uma vez, mas acho que uma passada de mão na bunda lhe cairia muito bem! E um divã, claro...
Sem falar que teta é também sinônimo de indignação: "que teta!". Assim conotada, tudo indica que a "teta" da professora, deveras preocupada em patologizar a sexualidade alheia, e mais particularmente a dos gays, seja ainda mais uma "teta" em relação à sua própria sexualidade.
ResponderExcluirQue "teta" professora!
Obrigado por sempre acompanhar o Diário!
Eu é que agradeço.
ResponderExcluirCom seriedade, mas também humor muitas vezes, tratam-se de temas muito importantes aqui.
É um espaço de reflexão muito bacana.
Vi nascer este Diário e estou adorando acompanhar seu crescimento!
Filosofia e Psicanálise de mãos dadas: desejo de Política e política do Desejo.
ExcluirMuito bom poder contar com você nesta caminhada.