O analista está aí para fazer com que o analisando ouça a verdade do que é dito. A linguagem, por natureza, supõe que uma palavra queira dizer aproximadamente a mesma coisa para todos. Na prática analítica, no entanto, trata-se de ir além e supor que a mesma palavra signifique algo singularmente para um sujeito e não para outro. É o que Lacan chama de significante. Significante não é exatamente idêntico a palavra. Pode ser uma palavra, evidentemente, desde que esta represente um sujeito, pois nem todas as palavras representam um sujeito. O que isso quer dizer? Simplesmente que a estória de cada um de nós é marcada por certas palavras que nos foram endereçadas, e que possuem esse valor particular: elas nos identificam, nos singularizam totalmente. Em cada caso, é preciso ouvir a significação específica atrelada a um significante que representa um sujeito.
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