Les Demoiselles d'Avignon, Picasso, 1907, MOMA, NYC |
Os
franceses, para quem Picasso é Picassô e que detém a
maioria das obras do mestre espanhol – vide o espetacular Museu
Picasso no Marais – devem ficar um pouco bolados, ou pelo menos com
uma pontinha de ressentimento. Les Demoiselles d'Avignon,
espécie de marco inaugural do Cubismo, encontra-se no MOMA de New
York e não em Paris.
Lembro de ter lido uma vez, palavras do próprio Picasso, que essa obra representou para ele um “primeiro exorcismo”. Para ele e para a Arte mundial: depois das demoiselles a pintura nunca mais foi a mesma, sofreu, digamos, uma torção, uma con-torção radical. Não foi à toa que gente boa, Matisse inclusive, torceu a cara para elas. E muitos franceses, imagino, devem continuar a torcer. A gente que é brasileiro se compadece: Abaporu, de Tarsila, obra-prima da mais importante de nossas pintoras, encontra-se em Buenos Aires.
Seja como for, encontrar as demoiselles em New York, é dos mais espetaculares rendez-vous que se pode ter. E depois de visitar o extraordinário MOMA - os franceses hão de me perdoar - a gente se sente meio exorcizado como se o próprio Picasso estivesse a exclamar: que bom que eu estou aqui!
Lembro de ter lido uma vez, palavras do próprio Picasso, que essa obra representou para ele um “primeiro exorcismo”. Para ele e para a Arte mundial: depois das demoiselles a pintura nunca mais foi a mesma, sofreu, digamos, uma torção, uma con-torção radical. Não foi à toa que gente boa, Matisse inclusive, torceu a cara para elas. E muitos franceses, imagino, devem continuar a torcer. A gente que é brasileiro se compadece: Abaporu, de Tarsila, obra-prima da mais importante de nossas pintoras, encontra-se em Buenos Aires.
Seja como for, encontrar as demoiselles em New York, é dos mais espetaculares rendez-vous que se pode ter. E depois de visitar o extraordinário MOMA - os franceses hão de me perdoar - a gente se sente meio exorcizado como se o próprio Picasso estivesse a exclamar: que bom que eu estou aqui!
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