A aliança entre, de um lado, organização e eficiência, e de outro, cordialidade e respeito, é o que podemos chamar de
bem-servir e nos faz pensar que uma megalópole não é - ou deve ser -
necessariamente um inferno de relações humanas e serviços degradados: NYC com todos
os seus problemas, paradoxos e contradições dá mostras disso, numa espécie de
jogo de compensações. E, dentro de nossa visão de viajante, e indo tanto quanto
possível um pouco além dela, foi o que inesperada e prazerosamente pudemos
vivenciar.
Vejamos o sistema de transporte público. O metrô, embora não seja nenhum exemplo de limpeza - as estações são em geral mal cheirosas, e em algumas há lixo acumulado na plataforma ou mesmo nos trilhos - funciona 24h, cobre toda a cidade, é rápido, seguro, muitíssimo bem sinalizado, possui ar condicionado nos vagões e baldeação para todo lado. É literalmente um transporte de massa. Tem um porém: não é nem um pouco acessível aos cadeirantes e idosos, uma vez que, raras, raríssimas, são as escadas rolantes e elevadores - é um labirinto abafado de corredores estreitos com escadas que não acabam mais. Em compensação a rede de ônibus integrada a de metrô (o MetroCard garante acesso a ambos), tão extensa e complexa quanto (embora não funcione 24h), além de impecavelmente limpa e ar condicionado perfeito, é totalmente adaptada: o piso do carro nivela-se com o da calçada, há uma rampa pivotante de acesso aos cadeirantes e espaço reservado para eles dentro do carro. E o mais impressionante de tudo: haja o tráfego que houver, o motorista desce do ônibus, conduz o cadeirante com cuidado para dentro do carro e afivela um cinto de segurança. No caso do idoso, o motorista aguarda pacientemente que ele tome assento para só então seguir em frente. Está bem assim? Em cidades menores como Toronto e Montreal, ou ainda menores como Québec, onde observamos comportamentos dessa natureza e surpreendentes facilidades de acesso (em Québec, alguns ônibus possuem um rack na parte dianteira para transporte de bicicletas!), tal diligência pode não chamar muito a atenção ou causar tanto impacto assim. Mas numa megalópole como NYC, faz toda a diferença. Isso sem falar nas bicicletas de aluguel e ciclovias que se espalham - e provavelmente continuarão a se espalhar - por toda a cidade: NYC aderiu, a gente adorou.
Vejamos o sistema de transporte público. O metrô, embora não seja nenhum exemplo de limpeza - as estações são em geral mal cheirosas, e em algumas há lixo acumulado na plataforma ou mesmo nos trilhos - funciona 24h, cobre toda a cidade, é rápido, seguro, muitíssimo bem sinalizado, possui ar condicionado nos vagões e baldeação para todo lado. É literalmente um transporte de massa. Tem um porém: não é nem um pouco acessível aos cadeirantes e idosos, uma vez que, raras, raríssimas, são as escadas rolantes e elevadores - é um labirinto abafado de corredores estreitos com escadas que não acabam mais. Em compensação a rede de ônibus integrada a de metrô (o MetroCard garante acesso a ambos), tão extensa e complexa quanto (embora não funcione 24h), além de impecavelmente limpa e ar condicionado perfeito, é totalmente adaptada: o piso do carro nivela-se com o da calçada, há uma rampa pivotante de acesso aos cadeirantes e espaço reservado para eles dentro do carro. E o mais impressionante de tudo: haja o tráfego que houver, o motorista desce do ônibus, conduz o cadeirante com cuidado para dentro do carro e afivela um cinto de segurança. No caso do idoso, o motorista aguarda pacientemente que ele tome assento para só então seguir em frente. Está bem assim? Em cidades menores como Toronto e Montreal, ou ainda menores como Québec, onde observamos comportamentos dessa natureza e surpreendentes facilidades de acesso (em Québec, alguns ônibus possuem um rack na parte dianteira para transporte de bicicletas!), tal diligência pode não chamar muito a atenção ou causar tanto impacto assim. Mas numa megalópole como NYC, faz toda a diferença. Isso sem falar nas bicicletas de aluguel e ciclovias que se espalham - e provavelmente continuarão a se espalhar - por toda a cidade: NYC aderiu, a gente adorou.
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