A foto postada
no Diário "viralizou", como se diz, ganhou as redes sociais, virou
matéria de rádio, TV.
Duas toneladas
de lixo recolhidas no dia seguinte à inauguração do Museu do Amanhã, Praça
Mauá, Rio de Janeiro. DUAS TONELADAS. "Lixo foi maior que esperado",
diz a matéria: "O presidente da Comlurb afirmou que o local recebeu muito
mais público do que o estimado e, por isso, a estrutura não foi suficiente para
receber o descarte de todo o lixo dos visitantes."
Lixo foi maior
que esperado? O local recebeu muito mais público do que o estimado? Estrutura
insuficiente?
Não adianta
desviar o foco. O "x" do lixo não é excesso de público, falta de
lixeiras, fiscalização, tampouco o "DNA do povo": é a falta de
política de cidadania, de cultura.
No Brasil existe
uma promiscuidade entre cultura e entretenimento, política e camaradagem. É
preciso ter coragem de separar as coisas:
Política não é
parentela, irmandade, camaradagem.
Cultura não é
entretenimento, lazer, distração, passatempo.
Esse é o
"x" do lixo do AMANHÃ e de HOJE.
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