Manchete
de Jornal: Dilma é vaiada nas ruas de ao menos 12 capitais durante
pronunciamento.
Não
é a primeira vaia endereçada à Presidente. Nem a segunda. Quem não lembra do apupo retumbante no estádio do
Maracanã?
Curioso. Não Dilma ser vaiada. Mas,
digamos, o vai e vem da vaia.
Dilma
leva vaia no estádio...
Dilma
é eleita na urna...
Dilma
leva vaia na rua...
Dilma
é de novo eleita na urna...
A
vaia vai, a vaia vem. Passando, é claro, por cima da urna, feito criança
pulando ondinha na praia.
Quem
vaia lembra que vota? Quem vota lembra que vaia?
O
que está faltando não é urna nem vaia: é responsabilização de um e outro. Em outras palavras, deixar de ser o eterno país-criança, do eterno jogo, da
eterna recreação, do eterno xingamento, do eterno bola rolando, do eterno
empurrar com a barriga, do eterno quero-não-quero, da eterna vaia: assumir-se
como gente, como agente.
Se
Dilma ou qualquer outro tiverem que ir para dentro ou para fora, que não seja
por capricho, birra: vaiar é fácil, quero ver crescer.
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