Praia de Copacabana, há pouco. A multidão
embandeirada numa empolgação inédita, sob chuva fina, chegando de todos os
lados para ver o Papa. Perguntei para um bombeiro:
-
A que horas o Papa vai passar?
- A missa está marcada para às 18h... Mas ele chega
primeiro no Forte Copacabana, pega o Papamóvel e depois percorre toda a avenida
Atlântica até o palco no Leme -
disse apontando o trajeto para a pista.
- Não tem
previsão da hora?
O bombeiro sorriu:
- Pô... previsão? Tem não... Ele anda quebrando
todos os protocolos...esse Papa é imprevisível!
Agradeci e fui embora pensando nas palavras do bombeiro: "Esse Papa é imprevisível."
Papa do abalo, não sei.
Do embalo, é fato.
Do imprevisível, será mesmo?
Papa do imprevisível.
Papa(do) imprevisível.
Foi o bombeiro quem falou: ele sabe bem o que é
fogo. E a gente sabe das labaredas de que o Vaticano é
capaz. O Papa ontem em Aparecida pediu com jeitinho: “rezem
por mim, rezem por mim”...
Não seja por isso Francisco: por falta de (c)oração, pelo menos no Brasil, você não morre.
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