"Quando lamentas não vives
Fechas os olhos diante do frio
do seco, do áspero, do escorregadio
da graxa, da luz, do breu
do indisposto, do inerte, do bruto
do desfeito, do insano, do corte
Acabas te encolhendo
num mundinho de coisas eleitas
o conhecido que não aceita o novo
o mesmo que rejeita o outro
o sabido que não sabe compreender
a voz que fala mas não ouve
o presente que resiste ao fluir
o certo que não ousa arriscar
Vida de amarras, de nós, de lamentos
Solta-te!
Perde, criatura, o menos tempo possível em lamentações!
Fixa teu olhar na quadratura insensata do mundo
este mundo que não tem par
e experimenta de que maneira podes mover-te dentro dela
Abrange teu círculo
abre bem os olhos
faz de tua lamentação o ponto central
de onde infinitamente te distancias"
Diário de um analisando em Paris, p. 175
Fechas os olhos diante do frio
do seco, do áspero, do escorregadio
da graxa, da luz, do breu
do indisposto, do inerte, do bruto
do desfeito, do insano, do corte
Acabas te encolhendo
num mundinho de coisas eleitas
o conhecido que não aceita o novo
o mesmo que rejeita o outro
o sabido que não sabe compreender
a voz que fala mas não ouve
o presente que resiste ao fluir
o certo que não ousa arriscar
Vida de amarras, de nós, de lamentos
Solta-te!
Perde, criatura, o menos tempo possível em lamentações!
Fixa teu olhar na quadratura insensata do mundo
este mundo que não tem par
e experimenta de que maneira podes mover-te dentro dela
Abrange teu círculo
abre bem os olhos
faz de tua lamentação o ponto central
de onde infinitamente te distancias"
Diário de um analisando em Paris, p. 175
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