"... E mudando de expressão como se estivesse divagando, disse sílaba por sílaba: – la so-li-tu-de.
Ficamos em silêncio. Imaginei os quadros do Hopper, o café na esquina, o casal, o homem no balcão, o barman, e comecei a descrever:
– Sim, a solidão, um muro entre os personagens, a atmosfera congelada, nada se move, ninguém fala, cada um sozinho no seu canto, em silêncio...
Foi então que ela, olhando nos meus olhos como se atravessasse uma parede, disse:
– Vous voulez parler de votre solitude."
Diário de um analisando em Paris, p. 74
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