6 de outubro de 2012

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Singularidade do Ser

Anotado em Paris 8:

Nunca poderemos, mesmo através da análise, resolver a nossa incompletude, responder a questão: quem eu sou? Nunca saberemos quem somos, qual sentido o Outro dá ao nosso desejo. Vai ser preciso se virar sozinho, sem achar que o nosso ser está inscrito no Outro. Por quê? Porque não há nenhuma verdade que venha do Outro, ou melhor, não há um Outro que possua uma verdade universal a respeito do nosso ser. Essa é a verdadeira lição de Lacan: não há ser universal, há singularidade do ser. Cada um de nós inventa uma resposta singular: isso se chama sintoma. A verdade é essa: cada um com seu sintoma.

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