21 de dezembro de 2015

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O "x" do lixo do Amanhã e de hoje


A foto postada no Diário "viralizou", como se diz, ganhou as redes sociais, virou matéria de rádio, TV.

Duas toneladas de lixo recolhidas no dia seguinte à inauguração do Museu do Amanhã, Praça Mauá, Rio de Janeiro. DUAS TONELADAS. "Lixo foi maior que esperado", diz a matéria: "O presidente da Comlurb afirmou que o local recebeu muito mais público do que o estimado e, por isso, a estrutura não foi suficiente para receber o descarte de todo o lixo dos visitantes."

Lixo foi maior que esperado? O local recebeu muito mais público do que o estimado? Estrutura insuficiente?

Não adianta desviar o foco. O "x" do lixo não é excesso de público, falta de lixeiras, fiscalização, tampouco o "DNA do povo": é a falta de política de cidadania, de cultura.

No Brasil existe uma promiscuidade entre cultura e entretenimento, política e camaradagem. É preciso ter coragem de separar as coisas:

Política não é parentela, irmandade, camaradagem.
Cultura não é entretenimento, lazer, distração, passatempo.

Esse é o "x" do lixo do AMANHÃ e de HOJE.




Praça Mauá: dia seguinte à inauguração do Museu do Amanhã (Foto Marcio Almeida)

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